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Objetivos: A disfunção sexual feminina (DSF) é altamente prevalente, situando-se entre os 40% e 70% em Portugal, e traduz-se por uma alteração em qualquer uma das fases do ciclo de resposta sexual da mulher (desejo, excitação e orgasmo) ou ainda
por perturbações dolorosas associadas ao ato sexual. O presente estudo pretendeu estudar a prevalência da DSF numa amostra
de mulheres em idade reprodutiva, a prevalência dos diferentes subtipos de DSF e a existência de fatores associados.
Tipo de estudo: Tratou-se de um estudo observacional, transversal e analítico.
Local: Unidades de Saúde Familiar (USF) Novo Cuidar, Centro de Saúde de Fafe.
População: Mulheres entre os 18 e os 58 anos utentes da USF Novo Cuidar.
Métodos:A uma amostra aleatória de 346 utentes foi aplicado um questionário anónimo e confidencial de autorresposta. Usaram-se os testes Qui-Quadrado ou de Fisher para comparar proporções, o Odds Ratio para determinar a força de associação entre variáveis e os testes
t-Student e Mann-Whitney para testar a associação entre variáveis qualitativas e quantitativas (adotou-se um nível de significância de 0,05).
Resultados: A taxa de resposta foi de 86,4% e a prevalência de DSF foi de 77,2% (IC95% 72,0-82,7), tendo a perturbação do orgasmo sido o subtipo mais prevalente, 55,8% (IC95% 51,0-63,9). Foi encontrada uma associação entre a contraceção hormonal e a perturbação do desejo (p = 0,003). A aversão sexual foi estatisticamente relacionada com experiências sexuais indesejadas
prévias (p = 0,001).
Conclusões: A DSF em idade reprodutiva é muito prevalente apesar de apenas metade das mulheres a considerarem um problema.
Foram encontradas associações com alguns fatores que podem ter importância na vivência de uma sexualidade feliz pela mulher.
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Keywords
Disfunção Sexual Pré-Menopausa
Citation
Rev Port Med Geral Familiar. 2013; 29(1):16-24
Publisher
Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar