Jorge, LRodrigues, JGouveia, M2015-04-082015-04-082012Rev Assoc Méd Estomatol Port. 2012;14: 4 - 7http://hdl.handle.net/10400.23/872Desde meados do século passado até finais da sua década de 70, o tratamento da disfunção temporomandibular (DTM) baseava-se numa prática mecanicista centrada na oclusão. Esta prática sustentava-se, muitas vezes, em suposições e convicções que nada têm a ver com a prática médica baseada na evidência, tal como se concebe na actualidade. Curiosamente, esta forma de entender a DTM manteve-se mesmo depois de se ter demonstrado de forma inequívoca que não se pode estabelecer uma relação causaefeito entre DTM e os problemas oclusais. Esta visão teve consequências desagradáveis para os doentes, algumas delas graves, resultante de sobrediagnóstico e sobretratamento. Além disso, tal contribuiu para transformar a gnatologia numa pseudociência. Os anos noventa do século vinte foram de reflexão, foram criados os critérios de diagnóstico para pesquisa em DTM (RDC/TMD) e lançadas as bases dos pressupostos em que se baseia a DTM na actualidade. Com este trabalho de revisão pretendeu-se dar uma retrospectiva profunda e epistemológica da DTM, tendo em conta o conhecimento actual sobre este tema, não só no que respeita às causas e ao diagnóstico, mas também no que diz respeito ao tratamento.porDisfunção da Articulação TemporomandibularDisfunção temporomandibular: do mito à realidadejournal article