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Abstract(s)
Introdução: A dermatite de contacto alérgica ao mercaptobenzotiazol e seus derivados tem sido reconhecida
de forma crescente nos países industrializados devido ao seu uso alargado na polimerização da borracha
sintética. Os autores descrevem dois casos clínicos com relevante exposição profissional. Caso 1: Homem de 46 anos, trabalhador na construção civil, com uma dermatite de oito meses de evolução, pruriginosa, localizada apenas nos
punhos, refratária a corticóide tópico de alta potência e anti-histamínico oral. Ao exame objetivo apresentava placas eritemato-violáceas infiltradas e pápulas eritematosas escoriadas em ambos os punhos. Os testes Prick e RAST ao latex foram negativos. Foram efetuados testes epicutâneos com a bateria padrão do Grupo Português de Estudo de Dermatite de Contacto, bateria de borrachas, bateria de colas e fragmentos da própria luva tendo-se verificado positividade ao mercaptobenzotiazol (++), mistura de mercapto (++) e à faixa elástica presente no punho das luvas,
às 72h e aos 7 dias. Caso 2: Homem de 61 anos, carpinteiro, com placas eritematosas infiltradas, pruriginosas, na região geniana e extensão para região cervical posterior, com cerca de 12 meses de evolução. Foram realizados testes epicutâneos com a bateria padrão do Grupo Português de Estudo de Dermatite de Contacto, bateria de borrachas e colas, bateria de cosméticos e fragmentos da própria máscara de proteção. Verificou-se positividade para mercaptobenzotiazol
(+ +), mistura mercapto (+ +) e elástico de máscara (+ +) na leitura das 72 horas e aos 7 dias. Discussão:
Apesar de serem alergénios bem conhecidos, o mercaptobenzotiazol e seus derivados podem estar presentes noutras fontes de exposição à borracha como o tecido elástico no vestuário. Uma vez o trabalhador sensibilizado, pode ser causa de incapacidade quer para a profissão quer para as atividades de vida diária.
Description
Keywords
Benzotiazóis Dermatite Alérgica de Contacto Dermatite Ocupacional
Citation
Rev Soc Port Dermatol Venereol. 2014; 72(4):541-5.